Pulsão de morte, ainda…

“Pulsão, ainda …” Em 2016, a experiência clínica nos conduziu a trabalhar em cartel a incidência da pulsão de morte diretamente no eu-corpo, oriunda do raio mais vasto do inconsciente denominado de Isso. Em 2017, avançamos interrogando o enlace da pulsão de morte com o masoquismo erógeno originário, nome freudiano do gozo. Do texto de 1924, “O problema econômico do masoquismo”, extraímos que a experiência do gozo masoquista vivida na estrutura do fantasma o “fazer-se” é uma reescrita do ser de objeto originado no fundamento da estrutura. O masoquismo moral é efeito da culpa por um gozo estrutural e nele Freud escreve a implicação do sintoma. Porém, o inconsciente recalcado é disjunto do Isso, do silêncio da pulsão e da dimensão de um gozo real. O sujeito fala em análise causado por algo que está para além da metáfora, cuja causa é o real. Para seguir interrogando e extraindo consequências da incidência da pulsão de morte no eu-corpo e diferenciá-la do sintoma, que é uma formação substitutiva, propomos confrontar os conceitos de pulsão, fantasma e sintoma, tentando enxergar mais claro na obscuridade que cada um desses termos comporta.

 

Claudia Mayrink
Cora Vieira
Dalmara Abla
Elza Gouvêa
Vera Lage

Início: 9 de março.
Sextas feiras às 11h (quinzenal)